Um estranho no formigueiro
18:07
Um ano bem
diferente
Tudo começou com uma
grande mudança, não aguentar mais certos absurdos cotidianos, tentar impor
minha opinião nunca escutada e tentar tomar um rumo na minha vida complicada.
Aos 18 anos sempre sonhei em ter minha independência, trabalhar, estudar e
viver a parte da vida que nunca vivi, toda criança tem regras, mas eu fui
aquela criança mais regrada do que o normal e isso meio que afetou minha
adolescência e assim por diante. No ensino médio enquanto minhas amigas e
amigos namoravam e saiam, eu quase não podia fazer isso... Inicialmente pensei
que havia um problema de confiança entre mim e minha mãe, mas depois percebi
que as coisas eram mais difíceis de compreender do que o normal, então me
acostumei a sair com as amigas que minha mãe conhecia (muito bem) ou não saia.
Quando comecei a
faculdade eu pensei que as coisas mudariam, porém não foi muito diferente do
habitual, então para conseguir um pouco da minha liberdade, eu fugia e ia
encontrar minhas amigas pra conversar e tudo que as meninas fazem quando estão
juntas.
Meus amores tive
poucos, quase nunca tive oportunidades pra namorar e quando tive graças a Deus
eram namoros longos, e esses relacionamentos me fizeram aprender muito, pelo
menos o essencial, pois na maioria das vezes eu namorava escondido.
Depois de muito
tempo na faculdade conheci novas amigas, novos problemas e com isso tomei novas
decisões, e a maior delas foi sair de casa..... Sim sair de casa pra uma pessoa
que sempre foi cuidada pela mãe e tem um certo temor dela é uma decisão muito
grande.
No dia em que eu
tomei essa decisão, havia tido uma discussão em casa e ocorreu certos eventos
muito dolorosos em minhas lembranças que não vale a pena comentar, então eu
decidir sair, mas pra onde eu iria? E como eu iria sobreviver?
Bom eu já
trabalhava, era bolsista na faculdade, não tinha nada perder, isso na minha
cabeça pelo menos, então no meio da noite eu arrumei minhas coisas e fui
embora, sem dizer adeus ou porque estava saindo, eu já estava cansada de brigas
e de nunca ser a filha perfeita....então eu saí, graças a Deus eu tinha uma
amiga que me ajudou muito e me acolheu em sua casa.
Coração
de Mãe sempre cabe mais um
No dia 9 de Janeiro
de 2012 eu sai de casa em uma noite chuvosa, fugida e só com a proteção de Deus
e meu coração batendo a mil, muitas dúvidas ficaram em minha cabeça, dúvidas
que não iriam embora tão cedo. Então fui parar na casa da minha amiga e pedi na
maior cara lavada um teto para ficar, até hoje fico pensando que o coração da
mãe da minha amiga é muito grande e estica que nem um balão, rsrsrs, só que ele
não explode.
Então minha nova
família tinha tudo que eu nunca tive, irmão e irmãs e uma mãe bem diferente da
minha. Então na casa onde eu estava moravam 7 pessoas e milagrosamente cabiam
em 2 quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro. No início foi tudo um grande
problema, pois eu demorei a me adaptar, sempre fui tímida, mas consegui começar
amizades com minhas novas irmãs, o que era engraçado pois nunca vou me
acostumar com isso, eu fazia de tudo pra não ser percebida na casa, se pudesse
passava o dia inteiro fora para não atrapalhar o cotidiano da família, fazia as
coisas quando me pediam, e tinha cuidado com as coisas que conseguia.
Quando mudei de
emprego conheci novas pessoas e fiz novas amizades e eu pensei que tudo ia
melhorar mas não foi.
Um
monte de decepções
A vida não é sempre
uma mar de rosas, e o quintal do vizinho é sempre mais verde que o seu, quando mudei de emprego, fiz de
tudo pra não fazer mais amigos, sempre me decepcionei com eles, então fazia de
tudo pra não ter muitas pessoas perto de mim, então conheci alguém que insistiu
em fazer amizade, aff ,se eu soubesse que no futuro próximo esse alguém iria me
ferir nunca teria abertos as portas, porém ninguém sabe do futuro né, e se
arrependimento matasse eu já estaria mortinha, mas continuando, esse alguém era
que nem eu, ou eu que nem ele, pelo menos era isso que ele dizia, ambos
misteriosos, com dores e com problemas familiares, poderia até dar certo essa
amizade, porém não deu....confiança demais em quem não merece é que nem
vidro no chão, alguém sempre sai
machucado, e por ordem do destino a pessoa machucada sempre sou eu.
Devido a atividades
na faculdade decidi deixar o emprego e me dedicar as minhas atividades, e então
consegui um novo emprego uns 3 meses depois, mas preferia não ter conseguido,
foi o pior emprego que eu arranjei, e fiquei pensando no que minha mãe dizia,
que trabalhar no distrito não era legal, mas ela não disse com essas palavras,
mas graças a isso vi que poderia ser forte e que poderia aprender mais com as
coisas, porém tudo deu errado.
Me
descobrindo Frágil demais
Grande parte da
minha vida foi feita de emoções, sempre fui frágil e sempre chorei muito, por
causa de amizades, por causa de namoros e outros problemas mais sérios, sempre
tive problema com confiança e o fato de que sempre faço pelos outros e só me
ferro no final, sempre julgada pelo meu modo de ser, de agir e de pensar, as
vezes sou muito grossa e explodo rápido, sou teimosa e muito chata e também
ciumenta principalmente com quem eu gosto, seja um amor, um amigo e até um
objeto que pra mim tenha um valor sentimental......na verdade tudo pra mim tem
valor sentimental.
O amigo que eu
arranjei me deixou de lado quando conheceu minha irmã postiça, mas pelos menos
ajudou a construir a casa que evoluiu de pequena para uma casa com quatro
quartos....o que melhorou certas situações, mas mesmo assim, sinto falta dele,
sinto falta de conversar e sair e tals, porém ele virou irmão da igreja e não
faz mais isso, mas eu sou cética quanto a isso....a minha amiga, amo muito ela,
ela parece uma criança que nunca cresceu, as vezes finge não ter
responsabilidades, e quer mandar sempre tudo pelos ares, é nervosa e muito
grossa as vezes, e ela me faz chorar muito quando ela me fala certas coisas, as
vezes nossa amizade é abalada porque sou muito medrosa e tenho muitos traumas,
ela gosta muito de sair e badalar, eu também gosto, mas eu não gosto é de ficar
de babá....sim de babá, quando o meu amigo saia com a gente ele se divertia
sendo nossa babá e eu ficava um pouco mais relaxada, mas agora que eu sou a
babá de novo, não tenho muita paciência mais de ficar aguentando ela beber até
cair, gosto de me divertir mais com moderação.
Meus colegas da
faculdade não vão muito com minha cara, pois sou muito exigente quando se trata
das minhas notas, sou bolsista e tenho que presar pelo meu currículo, sempre
fui assim....então ultimamente sempre tenho estado muito triste pois sempre que
quero algo, quase nunca consigo obtê-lo, sempre sou abandonada e deixada de
lado, até pela minha amiga e olha que passo quase 24 horas com ela, ultimamente
preciso muito de atenção e ainda por cima tenho que aguentar os familiares dela
dizendo que eu sou a namorada dela e isso me deixa louca, mas vou conseguir
sair da casa dela, pois sinto que eu incomodo, sinto que ninguém gosta de mim e
sinto mais dor do que deveria sentir, pois ouvir as pessoas falando de você e
você escutar é uma coisa muito ruim.
E isso não é nem a
metade do que eu passei nesse tempo.
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